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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Viver é um espetáculo...


Algumas pessoas se destacam para nós... Não importa quando as encontramos no nosso caminho, falo isso, pois meu amor, minha vida, em quase tudo o que vivo, são trilhados num caminho de honestidade, de esforço, de luta e dedicação. Felizmente ou infelizmente as coisas tomam rumos contrários a opinião alheia, mas não podemos viver de pensamentos "O que vão pensar"... o que vão pensar está jogado ao vento, não dá pra encobrir uma realidade.


As vezes evitar é bom, mas nem sempre dá... Desde que nasci, minha vida estava traçada para não ser fácil, não convivi com meu pais, com irmãos... o tempo me deu novos pais e novos irmãos... a infância rica em brincadeiras, em dedicação aos estudos para compensar... Ganhei ao longo do tempo muitos primos, amigos e pessoas que mantenho o mesmo carinho e o mesmo respeito desde sempre.
Parece que estão na nossa vida desde sempre e que mesmo depois dela permanecerão conosco.


Depois veio as descobertas mais dificeis, convivencias novas, filhas, netas... Amigos e de repente "inimigos", pessoas que estão também por aí, lutando pela vida, pelo conforto, pela existência como um todo. E fico até feliz, pois acabam sendo fonte de inspiração para eu continuar, externar os meus mais nobres sentimentos de fé, de amor e de esperança.
É tão rico compartilhar a jornada com elas que nos surpreende lembrar de que houve um tempo em que ainda não sabíamos que existiam.


Uma vez uma pessoa me disse: "Você teria todos os motivos do mundo para ser depressiva, rebelde, diferente"....
Oras eu sou diferente....
E que motivos seriam esses? Ter sido abandonada aos 2 anos de idade? A ser criada por tios? A ter que dividir com eles o quarto e cozinha? A ter tido a melhor infância? os melhores passeios de trem até a praia, a ter a alegria de soltar balões, brincar na rua, comer frutas no pé, a subir em árvores, a brincar com os cachorros, a ajudar a alimentar os coelhos, ter os próprios patinhos, a procurar minhocas para alimentar as rãs, a moer cana no quintal, a aprender a cozinhar, a gostar de escrever desde pequena?
Seriam esses os motivos?
Ah! Tem pessoas que conviveram com os pais, irmãos, tiveram um quintal imenso pra brincar, chances de tantas coisas, bons empregos, amigos e são depressivos, rebeldes e diferentes. Não existe explicação para se sentir infeliz, a infelicidade é da alma de cada um, a de não estar contente consigo mesmo, da vida que leva e sem explicação aparente, se fecham num mundo sem brilho, sem cor, sem alegria.


Mas, de uma certa forma, sou feliz e essa minha alegria as vezes incomoda algumas pessoas, mas é o meu jeito, é a minha forma de encarar toda e qualquer dificuldade, mesmo diante do meu amor pelo Grandão, que me faz bem, me deixa sempre radiante quando estamos juntos, fazemos uma história, e como já disse milhares de vezes e irei falar mais de mil vezes se for preciso, não sabemos como será o final, mas que o enredo e a convivência enquanto isso seja a melhor, a mais gostosa, a mais intensa, a mais maluca que possa existir numa vida a dois... Tenho lutado constantemente para manter a alegria, a harmonia, a familia que construi animar quando posso amigos, vizinhos e parentes, muitos acabam distantes, mas são próximos no coração. Sinto saudade de muita coisa, de muitos momentos, mas sei que existiram. O que sentimos vibra além dos sentidos e do tempo.
Penso que deveria ser assim com todos, o VIVER que transcende a forma. Remete à essência. Toca o que a gente não vê. O que não passa. O que é...
Com isso, o coração da gente descansa. Nós nos sentimos em casa, descalços, vestidos de nós mesmos.
O afeto flui com facilidade rara. Somos aceitos, amados, bem-vindos, quando o tempo é de sol e quando o tempo é de chuva.
Na expressão das nossas virtudes e na revelação das nossas limitações. Com elas, experimentamos mais nitidamente a dádiva da troca nesse longo caminho de aprendizado do amor.

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