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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Um amor maduro

Nada como ter certeza de um amor, um amor maduro, nascido de uma amizade, de um reencontro comum, casual, onde milhões já se encontraram assim...
Um amor intenso, melhor a cada dia, delicioso no seu existir, na cumplicidade de nós dois.
Nos momentos que passamos juntos, nas tristezas que existem, nas perdas que chegam sem que a gente queira, afinal a vida passa, as pessoas envelhecem, cumprem sua missão na Terra e se vão, vão, mas deixam uma saudade sem limites, e tanto comigo quanto com o Grandão, nesses quase 10 anos, tivemos perdas que nos marcaram, que vão deixar gravado em nossas mentes a nossa existencia plena aqui neste mundo.
Mas, vamos vivendo, sabendo que a cada novo amanhecer uma nova surpresa pode surgir, e juntos estaremos prontos para que sejam elas boas ou ruins, estaremos unidos nessa caminhada da vida, pois nosso amor é maduro, tem alicerce, e toda construção bem feita é para toda vida.

Tal qual escreveu Artur da Távola, num texto que curto muito:

O AMOR MADURO
 

O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas silencioso.
Não é menor em extensão.
É mais definido colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações.
Presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas.
Amplia-se com as ausências significativas.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo.
Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.
Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o
equilíbrio de carne e de espírito.
O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa.
Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que fermentou
criando dimensões novas para sentimentos antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.
Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.

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