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quinta-feira, 31 de maio de 2012

O tempo... meu aliado e meu inimigo

Quando vejo quanto tempo passou desde que descobri o amor que sinto pelo Grandão, vejo que como todos, envelheci.
Eu, que tanto prezo pela alegria, pelo bem estar, pelo sorriso sempre pronto a qualquer pessoa, vejo que a juventude ficou lá atrás, mas vivi intensamente cada momento, tenha sido ele bom ou ruim.
O tempo até que passou depressa, mas me fez viver de tudo um pouco, a emoção de estudar, ter bons e eternos amigos, a emoção de um casamento, de ter uma familia, a maravilhosa emoção de ter filhas, uma separação triste, a incrível e deliciosa sensação de ser avó.
Mas, esse mesmo tempo não pára e com ele a flacidez, as rugas, as dores nas costas, o cansaço que as vezes quer chegar, mas não me deixo ser abatida por ele. Ah! esse tempo...
E por falar no tempo... Fui uma mãe jovem...
Lembro com saudade os primeiros passos de minhas filhas, o primeiro dia de escola, as primeiras dificuldades, as teimosias, a adolescencia e maturidade delas e as alegrias de ser mãe.
De ter sido mãe e te não ter tido infelizmente a mãe que sempre sonhei. Uma mãe para eu colocar a cabeça no colo dela e as vezes até chorar.
As vezes faz falta, mesmo hoje, que já sou madura o bastante, mas cada um de nós temos uma vida e uma história e a minha tinha que ter sido assim, acho que do contrário eu não seria a pessoa que sou hoje.
O amor de hoje é diferente, acho que maduro pelo tempo.
O meu amor pelas minhas filhas é diferente do amor que sinto pelas minhas netas.
O meu amor por mim mesma mudou. As vezes fico olhando as fotos de quando eu era mais jovem e percebo que hoje estou melhor, mesmo com algumas pequenas ruguinhas que teimam querer se instalar em meu rosto. Vejo umas gordurinhas safadas que se alojam em meu corpo e creio que pela idade, não consigo eliminá-las como gostaria. Os cabelos antes bem curtos, deixei crescer. As unhas que houve um tempo quase nem existir, hoje estão mais longas. Os cabelos brancos que dominam minha cabeça, insistem em crescer, mas que graças as tintas revoluncionárias, me deixam sempre com o castanho feliz...
As vezes percebo que tenho tanto amor ainda dentro de mim, tanta energia, tanta garra, tanta coragem, tanta força e determinação, que queria ter muito mais tempo para fazer muito mais.
Algo como, namorar mais, viajar mais, brincar mais, cozinhar mais, plantar mais, correr mais, escrever mais, curtir mais o Grandão, ter mais tempo para ele e ele para mim.
Por essas e outras, digo que o tempo é meu aliado, pois foi com ele que meu amor criou raízes na história de minha vida, mas esse mesmo tempo é um inimigo cruel, que nos envelhece e daqui a pouco este instante já será um passado.
E assim vamos, acreditando sempre que o amanhã será muito melhor que o hoje. Poderão existir algumas dificuldades, poderão existir decepções, poderão existir frustrações, mas querer viver é estar preparado para tudo e ter fé, que tudo terá bom no final. Mas, que o final seja bem longe, daqui uns 100 anos, quando eu não mais existir.

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